TRINTA ANOS DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) DA SERRA DE BATURITÉ, CEARÁ: CAFEICULTURA, TURISMO E EMPREENDEDORISMO SUSTENTÁVEL
DOI:
https://doi.org/10.36882/2525-4812.2022v8i19p111-130Resumo
Em meio à savana-estépica brasileira, ou caatinga, encontra-se a Serra de Baturité, uma formação geológica que abriga a primeira e maior área de proteção ambiental (APA) do estado do Ceará. Criada em 1990, a Unidade de Conservação (UC) tem como objetivos basilares: o uso sustentável dos recursos naturais e a proteção da diversidade biológica local. Diante do exposto, este artigo tem como objetivo analisar o impacto eco-socioeconômico da implantação da APA de Baturité no último quinquênio (2015–2020). O estudo contempla os critérios teórico-metodológicos da pesquisa bibliográfica, documental, exploratória-descritiva, com constatações in loco. O recorte espacial compreende os municípios de Guaramiranga, Mulungu e Pacoti. A lógica capitalista da urbanização, a exploração turística e/ou imobiliária vêm causando impacto negativo tanto para o espaço físico-ambiental como para os meios socioeconômico e cultural. No entanto, constatou-se que as medidas mitigadoras e/ou compensatórias inseridas com a criação da APA de Baturité vêm contribuindo para diminuir o impacto ao ecossistema local e ampliar a consciência ambiental dos sujeitos sociais, além de favorecer o empreendedorismo orientado à sustentabilidade, com destaque para a produção do café agroecológico.