MERCADO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS E A AGROBIODIVERSIDADE EM MANAUS, AM

Autores

  • Rafael de Lima Erazo

DOI:

https://doi.org/10.36882/2525-4812.2018v3i11p%25p

Resumo

A cidade de Manaus possui uma única feira que comercializa somente produtos orgânicos, trata-se da Feira Orgânica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a “feira do Mapa”, formada pela Associação dos Produtores de Orgânicos do Estado do Amazonas (Apoam). Essa associação é constituída atualmente por 18 agricultores orgânicos. Por ser um local de comercialização exclusivo de alimentos orgânicos, a feira constituiu o ambiente de estudo para a realização do diagnóstico sobre o mercado de alimentos orgânicos e a agrobiodiversidade em Manaus, AM. As observações em campo ocorreram no mês de agosto de 2014. O trabalho envolveu, portanto, a pesquisa de campo, mediante visitas sucessivas ao local do estudo, ocasião em que eram feitas as observações diretas. Para se comercializar produtos orgânicos é necessário obter certificação. Todavia, entre os feirantes (produtores), nenhum possui certificação, o que eles apresentam é uma declaração concedida pelo Mapa, depois de uma série de fiscalizações na propriedade rural, cujo objetivo é averiguar se os agricultores seguem as exigências da produção orgânica, o que inclui o não uso de produtos químicos (adubos químicos e agrotóxicos). Para os produtores, a motivação para substituir o uso de venenos e adubos químicos é a compreensão de que tais produtos causam mal à saúde das pessoas e poluição ambiental. Os principais produtos comercializados são: hortaliças, notadamente, alface, tomate, cebolinha, coentro, pimentão, cenoura, cebola, couve, entre outros produtos agrícolas, como batata-doce, feijão, citros, mamão e ovos. Ao todo, foram registrados 39 produtos. Os produtos são oriundos da agricultura familiar, e a comercialização é realizada por membros da família, como o próprio agricultor, a esposa e filhos. Essa forma de comercialização direta permite a otimização e o aproveitamento da mão de obra familiar e elimina a figura dos atravessadores, possibilitando uma redução dos preços ao consumidor e melhorando a margem de lucro dos produtores. Portanto, pode-se dizer que esses espaços são de fundamental importância para o desenvolvimento de uma nova cultura de consumo, mais consciente e voltada para uma melhor qualidade de vida e uma agricultura mais sustentável.

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Publicado

2018-12-19

Edição

Seção

Artigos