SAZONALIDADE E ADAPTABILIDADE HUMANA NA COMUNIDADE SÃO JOSÉ (CAREIRO DA VÁRZEA, AM)

Autores

  • Aline Souza de Carvalho
  • Marília Gabriela Gondim Rezende
  • Mônica Suani Barbosa da Costa
  • Therezinha de Jesus Pinto Fraxe

DOI:

https://doi.org/10.36882/2525-4812.2018v3i11p%25p

Resumo

Várzea amazônica é um termo regional que geomorfologicamente corresponde à planície de inundação. Trata-se de um grande e complexo sistema fluvial formado ao longo das margens do rio Amazonas e de seus afluentes de água branca. Essa unidade geomorfológica, holocênica, é formada por sedimentos retirados dos Andes que, no geral, são ricos em nutrientes minerais formando solos férteis. Devido à sua fertilidade, a várzea sempre foi utilizada para a prática agrícola, desde os povos pré colombianos até o presente, sempre associada à agricultura de subsistência. A agricultura familiar que por muito tempo era chamada de agricultura de subsistência, é adstrita pelos indígenas, que fazem manejo dos recursos naturais. A agricultura familiar sempre se utilizou dos solos da várzea para seus plantios, sempre associado ao regime hidrológico que no curso médio é de cheia e vazante. O problema das cheias para os moradores da várzea é que a partir dos anos de 1970 o rio Amazonas vem sofrendo alterações significativas em seu regime. As grandes cheias e as excepcionais estão acontecendo com maior frequência e intensidade, levando os moradores das várzeas a novos desafios. Compreender esses novos desafios de adaptabilidade dos moradores de várzea em função das grandes cheias foi o objetivo deste artigo. A área de estudo, na qual foi desenvolvida a pesquisa, foi a comunidade de São José da Costa Terra Nova, localizada na Ilha do Careiro, na confluência dos rios Amazonas e Rio Negro.

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Publicado

2018-12-19

Edição

Seção

Artigos