POR UMA PRÁTICA EDUCATIVA COM PAUS, PEDRAS E TRILHAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL DAS ESCOLAS DO CAMPO
DOI:
https://doi.org/10.36882/2525-4812.2024v11i23p57-68Resumo
O presente estudo discute o trabalho pedagógico desenvolvido na Educação Infantil do Campo, problematizando a prática educativa de uma professora de pré-escola, no município de Augusto Corrêa-PA. O estudo busca refletir sobre o lugar da imaginação na prática socioeducativa de crianças em contraponto ao fazer da escola do campo que ainda persiste num movimento curricular e pedagógico que prioriza sumariamente o aspecto cognitivo, deixando de lado a aprendizagem na dimensão afetiva, emocional e criativa. Logo, defendemos uma pedagogia da imaginação no aprendizado dos pequenos. Com base na abordagem qualitativa de pesquisa, fizemos uso de referenciais teóricos de autores que dão sustentação ao estudo a que nos propomos dos quais citamos alguns: Brandão (2005, 2007, 2015), Bondioli (2007), Egan (2007), concernentes ao tema, de observações na escola e de entrevistas com a professora e as crianças da sua turma. Os primeiros resultados deste estudo apontam que o imaginário das crianças que frequentam a escola de Educação Infantil do Campo é construído levando em conta o seu contexto de vida, evidenciado por narrativas, desejos e criações vividas no seu "mundo infantil", portanto elas possuem capacidades para compor e recompor as dinâmicas pedagógicas de sala de aula com seus saberes, suas experiências, suas leituras de mundo e do ambiente em que vivem, aspectos que precisam ser mais problematizados no currículo e na prática educativa escolar.