A CASA DOS FRANCESES NO PROJETO DE ASSENTAMENTO BENFICA, ITUPIRANGA (PA): LÓCUS DE CONSTRUÇÃO DE METODOLOGIAS E DIÁLOGOS ENTRE CAMPONESES E PESQUISADORES

Autores

  • Gutemberg Armando Diniz Guerra

DOI:

https://doi.org/10.36882/2525-4812.2013v1i3p%25p

Resumo

Este artigo trata da reflexão sobre as identidades de grupos de pesquisa e suas epistemologias, simbolizadas, de um lado, por uma base de apoio construída no meio de um lote de pequeno criador de gado na Amazônia Oriental, em assentamento localizado no município de Itupiranga, tradicional produtor de castanha-do-pará, madeira e gado desde o início do século XX; de outro lado, pesquisadores e professores da Universidade Federal do Pará, em associação com pesquisadores de organismos nacionais e internacionais, desenvolveram práticas de pesquisa-ação em que se valorizam a relação direta e o uso dos lotes dos agricultores como laboratórios de pesquisa ou como lócus de suas atividades, sem que fosse construída qualquer estrutura específica para os pesquisadores. Nesta área, os assentamentos de reforma agrária foram implantados com intensidade, guardando peculiaridades nas suas formas de ocupação, da mesma forma que apresentando uma dinâmica reconhecida pelo processo de pecuarização na Amazônia. No caso do Projeto de Assentamento Benfica, sob debates e contradições, construiu-se uma casa que permitisse o abrigo de grupos de pesquisadores em longas estadas. O que significa esta casa no contexto da elaboração de metodologias dialógicas entre camponeses e cientistas na área de fronteira? Esta a pergunta que move a reflexão deste artigo.

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Publicado

2016-05-24

Edição

Seção

Nota de Pesquisa