VIDAS ESCRITAS DE EDUCADORES EM FORMAÇÃO: (RE)MEMORAÇÕES DE PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO NA INTERFACE COM A EDUCAÇÃO POPULAR
DOI:
https://doi.org/10.36882/2525-4812.2013v1i3p%25pResumo
Neste trabalho, as memórias escritas de educadores em formação, na interface com fundamentos da Educação Popular, configuram-se como elemento formativo e instrumento de recolha de fontes sobre processos de alfabetização de graduandos da Universidade Federal do Pará (UFPA), no campus universitário de Castanhal, no âmbito do Plano de Ações Articuladas Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), resultado do trabalho pedagógico efetivado na disciplina Literatura e Alfabetização. Foram sujeitos da pesquisa 29 educadores em formação, atuantes em escolas do campo, séries iniciais, do interior do nordeste paraense. Objetiva resgatar processos de alfabetização de graduandos/docentes em formação, aproximando teoria e prática, presente nas ações de ensino, formação e pesquisa, como movimento dinâmico a partir da Educação Popular, partindo-se da premissa de que ambas se fazem e refazem como uma forma de intervenção pedagógica e na leitura do mundo. O referido artigo ampara-se em teóricos da Educação Popular como Freire (1987), Paludo (2004), Wanderley (2010) e compreende e reconhece os sujeitos sociais como pessoas que produzem conhecimentos e práticas, consequentemente, valoriza a experiência do educador/a em formação. Toma como pressuposto os conhecimentos acumulados pelo profissional em exercício, mas desempenhando o papel de graduando/a. As anáises das memórias confirmaram que os educadores em formação são envolvidos pelas diferentes facetas da alfabetização, enquanto processo multifacetado. Evidenciaram o resgate de questões reiteradamente levantadas durante a formação, bem como demonstraram a vivência de experiências análogas no processo, em diferentes tempos e espaços, mediados por múltiplos contextos (família, escola, trabalho), períodos de vida (infância, juventude, adultez); bem como as dificuldades acerca do que representa o desafio de apropriação da leitura, da escrita para o alfabetizando. Então, concluímos ser fundante propiciar processos formativos que tragam à baila as memórias, as (re)leituras de mundo dos educadores em formação, enquanto desafio singular cingido por diversos contextos e textos, para que eles possam ter conhecimentos acerca da teoria e embasamento teórico-metodológico da Educação Popular em sua formação, para realizarem um trabalho sob a perspectiva em pauta.Downloads
Publicado
2016-05-24
Edição
Seção
Artigos